8 de fevereiro de 2012

Por que os jovens deixam a Igreja?

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Por que os jovens abandonam a Igreja?
Um livro tenta entender as razões
Pe. John Flynn, LC
ROMA, segunda-feira, 28 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos da Igreja.
O livro You Lost Me: Why Young Christians are Leaving the Church... and Rethinking Faith [“Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja... e repensando a fé”], da Baker Books, analisa uma vasta pesquisa estatística do Grupo Barna para descobrir quais são as razões que levam os jovens para longe da Igreja.
Os autores David Kinnaman e Aly Hawkins analisaram uma enorme gama de estatísticas e apontaram três realidades particularmente importantes sobre a situação dos jovens.
1. As igrejas têm um envolvimento ativo com os adolescentes, mas depois da crisma, muitos deles param de ir à igreja. Poucos se tornam adulto seguidores de Cristo.
2. As razões pelas quais as pessoas abandonam a Igreja são diversificadas: é importante não generalizar sobre as novas gerações.
3. As igrejas têm dificuldade para formar a próxima geração a seguir a Cristo por causa de uma cultura em constante mudança.
Kinnaman explicou que não se trata de uma diferença de gerações. Não é verdade que os adolescentes de hoje sejam menos ativos na Igreja do que os de épocas anteriores. Aliás, quatro em cada cinco adolescentes na América do Norte, por exemplo, ainda passam parte da infância ou da adolescência numa congregação cristã ou numa paróquia. O que acontece é que a formação que eles recebem não é profunda o suficiente, e desaparece quando os jovens chegam à casa dos 20 anos de idade.
Para católicos e protestantes, a faixa etária dos vinte é a de menos compromisso cristão, independentemente da experiência religiosa vivida.
O principal problema é o da relação com a Igreja. Não necessariamente os jovens perdem a fé em Cristo; o que eles abandonam é a participação institucional.
Um fator importante que influencia a juventude é o contexto cultural em que ela vive. Nenhuma outra geração de cristãos, disse Kinnaman, sofreu transformações culturais tão profundas e rápidas.
Nas últimas décadas houve grandes mudanças na mídia, na tecnologia, na sexualidade e na economia. Isto levou a um grau muito maior de transitoriedade, complexidade e incerteza na sociedade.
Kinnaman usa ​​três conceitos para descrever a evolução dessas mudanças: acesso, alienação e autoridade.
Em relação ao acesso, ele salienta que o surgimento do mundo digital revolucionou a forma como os jovens se comunicam entre si e obtêm informações, o que gerou mudanças significativas na forma de se relacionarem, trabalharem e pensarem.
Há nisso um lado positivo, porque a internet e as ferramentas digitais abriram imensas oportunidades para difundir a mensagem cristã. No entanto, também há mais acesso a outros pontos de vista e outros valores culturais, mas com redução da capacidade de avaliação crítica.
Sobre a alienação, Kinnaman observa que muitos adolescentes e jovens adultos sofrem de isolamento em suas próprias famílias, comunidades e instituições. O elevado índice de separações, divórcios e nascimentos fora do casamento significa que um número crescente de pessoas crescem em contextos não-tradicionais, ou seja, onde a estrutura familiar é carente.
De acordo com Kinnaman, muitas igrejas não têm soluções pastorais para ajudar efetivamente aqueles que não seguem a rota tradicional rumo à vida adulta.
Além disso, muitos jovens adultos são céticos quanto às instituições que moldaram a sociedade no passado. Este ceticismo se transforma em desconfiança na autoridade.
A tendência ao pluralismo e à polêmica entre idéias conflitantes tem precedência sobre a aceitação das Escrituras e das normas morais.
Kinnaman observa que a tensão entre fé e cultura e um intenso debate também podem ter um resultado positivo, mas requerem novas abordagens pelas igrejas.
Ao analisar as causas do afastamento dos jovens das igrejas, Kinnaman admite que esperava encontrar uma ou duas razões principais, mas descobriu uma grande variedade de frustrações que levam as pessoas a esse abandono.
Alguns vêem a igreja como um obstáculo à criatividade e à auto-expressão. Outros se cansam de ensinamentos superficiais e da repetição de lugares-comuns.
Os mais intelectuais percebem uma incompatibilidade entre fé e ciência.
Por último, mas não menos importante, tem-se a percepção de que a Igreja impõe regras repressivas quanto à moralidade sexual. Além disso, as tendências atuais a enfatizar a tolerância e a aceitação de outras opiniões e valores colidem com a afirmação do cristianismo de possuir verdades universais.
Outros jovens cristãos dizem que sua igreja não permite que eles expressem dúvidas, e que as eventuais respostas a essas dúvidas não são convincentes.
Kinnaman também descobriu que, em muitos casos, as igrejas não conseguem educar os jovens em profundidade suficiente. Uma fé superficial deixa adolescentes e jovens adultos com uma lista de crenças vagas e uma desconexão entre a fé e a vida diária. Como resultado, muitos jovens consideram o cristianismo chato e irrelevante.
No final do livro, Kinnaman fornece recomendações para conter a perda de tantos jovens. É necessária, segundo ele, uma mudança na maneira como as gerações mais velhas encaram as gerações mais jovens.
Kinnaman pede ainda a redescoberta do conceito teológico de vocação, para se promover nos jovens uma consideração mais profunda sobre o que Deus quer deles.
Finalmente, o autor destaca a necessidade de enfatizar mais a sabedoria do que a informação. "A sabedoria significa a capacidade de se relacionar bem com Deus, com os outros e com a cultura".

14 de janeiro de 2012


Novena de São Sebastião - 2º Dia


Pe. Alan momentos antes de iniciar a oração da Novena
Nesse dia 12, segundo dia da Novena do Glorioso Mártir São Sebastião, tivemos a honra de receber o Pe. Alan Rodrigues, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Magé, um velho conhecido nosso. Ele veio refletir sobre a Igreja de Éfeso com o tema "Esfriaste o primeiro amor" (Ap 2, 1-7). Ainda na sua saudação fez questão de lembrar que a reflexão era propícia, pela Paróquia de São Sebastião do Indaiá ter sido o seu primeiro amor, onde fez pastoral como seminarista em 2005 e 2006.

Pe. Alan disse que o Livro do Apocalipse é formidável, inteligente, e o Pe. João Rosa teve grande felicidade em escolhe-lo para esta novena. "Pelas perseguições e provações que as pessoas passavam naquela época, há quem diga que o cristianismo daquele tempo foi o mais puro já praticado. Hoje ser cristão é muito fácil em relação a esse período. No entanto, ser cristão atualmente é como guiar um carro na contramão", destacou o sacerdote.

Assim como os fiéis de Éfeso perderam o ardor, também somos chamados a não deixar que a chama se apague. Não podemos perder o fervor inicial que nos fazia todo de Deus. Terminando, ele utilizou uma conversa que aconteceu com um bispo. Perguntado sobre o êxodo de fieis da Igreja, o religioso afirmou que aqueles que haviam se distanciado eram os infieis, os fieis permanecem. No fim da reflexão, ele lançou mão ainda da música "Senhor Piedade, que tem no refrão o verso: "Preciso voltar ao primeiro amor".

A missa também foi rezada em intenção das vítimas da tragédia no Vale do Cuiabá, que completou um ano.

13 de janeiro de 2012

2012- Profecias acerca do fim do mundo











“ Quanto ao dia e a hora ninguém o sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13, 32).


Entramos no ano de 2012 e a temática encontrada na mídia e na mente de todos não é outra senão o fim dos tempos. A inquietação presente no coração do homem desde muitos séculos já era uma constante mesmo antes da vinda do Messias. O chamado gênero apocalíptico que emerge no Judaísmo desde o tempo de Antíoco Epifanes surge como um fenômeno que visava suscitar esperança ao coração daqueles que aguardavam uma vitória triunfal sobre o mal e a morte, duas realidades angustiantes ao homem desde o pecado de Adão.




Muitas foram as pseudoprofecias e falsos profetas que anunciaram o suposto dia em que tudo acabaria, causando alarde e pânico. Quanto aos dias previstos e sinais não há novidade. Como não se lembrar da profecia de Nostradamus e o Calendário Maia cujo fim coincidiria com o nosso, segundo afirmações? A postura e a esperança cristã diante de tais afirmativas serão de grande relevância para a mudança de mentalidade, uma vez que, pela fé, sabemos que este mundo não é definitivo nem é eterno o que nossos olhos podem ver e nossas mãos tocar. Desde os primórdios do cristianismo a Igreja, qual esposa, clama o seu Amado dizendo: “Maran athá”- vem, Senhor Jesus. Sendo esse seu principal desejo, a Igreja expressa sua ânsia na volta definitiva de seu Senhor e Rei, o qual há de vir para julgar os vivos e os mortos e seu reino, portanto, não terá fim. É o que professa no seu Credo. Esse Reino definitivo e posse de realidades que não passam, é e sempre será a única meta cristã, e, portanto, nossa primeira preocupação, descartando esse desejo tão presente no coração do homem pós-moderno de temas de caráter apocalíptico, que não é outra coisa que um paganismo disfarçado. O desejo de uma felicidade relativa, a busca incessante do prazer, a divinização da criatura, a fuga de Deus e de tudo o que é ético e moral explica todo o esforço das seitas na insistência da auto-ajuda, da auto-salvação, bem como a preferência hollywoodiana na exploração da temática catastrófica e apocalíptica. Tudo isso, enfim, faz-nos remontar o pensamento oriundo em Horácio e que reverbera até hoje- Carpe Diem- aproveite o momento, viva o agora intensamente, busque tenazmente o prazer mais intenso custe o que custar, uma vez que tudo acabará em breve e nada nos restará. Faça o menor esforço possível, pois nada será lembrado. Viva de maneira instintiva e emocional. “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos”, já dizia São Paulo refutando tal mentalidade tão diferente do sentido cristão da vivência do presente da qual o Senhor mesmo convida no Evangelho.




Esse é o desafio cristão diante de um neopaganismo. A espera de novos céus e nova terra não são para nós um escusa e fuga de comprometimento e responsabilidades inerentes à vida de fé. Não nos cabe tentar adivinhar dia nem hora, se essa hipótese já nos foi descartada no Evangelho, embora não tenha inibido demais pretensiosos. “O que você faria se soubesse que Jesus está voltando agora?”, perguntaram ao jovem santo. “ Eu o convidaria para brincar comigo”, respondeu São Luiz Gonzaga.




Pe. Alan







7 de janeiro de 2012

8 Janeiro 2012-Festa da Epifania

Epifania significa manifestação. Hoje a Igreja faz memória das manifestações de Deus das quais nos falam a antífona de entrada: a Adoração dos magos, o Batismo de Jesus e a auto-revelação nas Bodas de Caná. Os magos representam a busca sincera de Deus presente no homem. Eram mais do que homens supersticiosos, disse Bento XVI, eram homens à procura de Deus. Foi preciso muito olhar sobrenatural pra enxergarem que uma estrela brilhou diferente das outras e perceberem que era um sinal dos céus. O mesmo acontece na nossa vida... Deus deixa vestígios de sua presença sempre, mas só o olhar de fé é capaz de enxergá-los. Não obstante o equívoco é outro: tendo desejo de buscar a Deus, podemos facilmente permutá-Lo pelos vestígios. Deus e os vestígios de Deus...são realidades muito distintas. Quiça tendo a oportunidade de beber na fonte não queiramos nem nos acostumemos aos respingos. Os magos têm muito a nos ensinar na busca sincera de Deus. Estamos nós em meio à caminhada árdua e cansativa do deserto da vida até que uma Estrela brilha e nos aponta o caminho certo e um novo rumo. Estejamos atentos às Epifanias de Deus!!!

2 de janeiro de 2012

2012- Ano Novo, Vida Nova



Vida Nova é encarar a vida com outro olhar, é viver um outro comportamento. É olhar as coisas como de fato são, ou seja, como Deus as fez e como as vê.

É saber que, por mais que procuremos acertar, só Deus acerta sempre. Por isso, todo mundo tem direito a uma nova chance... E sempre!

É confiar as coisas na mão de Deus sabendo que Ele é quem rege a história e as coisas não estão sob o nosso domínio.

É entender que o pior cego é aquele que não quer ver, e que os homens de Deus têm uma capacidade de ver as coisas lá na frente.

É saber que o humor é o primeiro sinal de inteligência, e que gratidão é o primeiro sinal de força!

É ver que a vida só pode, sim, ser compreendida olhando para trás, mas só pode ser vivida olhando pra frente.

Vida nova é ter cuidado com o que se fala de alguém, pois ninguém constrói nada destruindo os outros.

É caminhar sem pressa na certeza de que os que andam devagar chegam mais longe do que os que correm.

É compreender que a vingança nos torna iguais aos inimigos... O perdão nos torna superiores a eles.

Vida nova é liberdade, é despojamento...

É crer que nem tudo concorre da maneira que nós queremos, mas derrota e vitória são opções nossas...
...e que Deus colocou em nós um dom singular: a capacidade de escolher.
...e que tudo que o dinheiro pode comprar é barato: as coisas mais caras da vida o dinheiro não pode pagar.

É ter certeza de que o impossível pra você é possível pra Deus...
...e que o mundo nos faz acostumar com as relações de compra e venda, mas este esquema não se adéqua aos valores do Reino...
...e que salvação não é conquista sua, mas é Dom de Deus.

Por isso...
Neste ano novo, permita-se mudar de opinião, mudar de cor; permita-se abrir-se ao novo...
Pois o ignorante é aquele cuja inteligência se engessou naquilo que sabe, cuja vontade só foca naquilo que aprecia e cuja atenção se mobilizou no que seus olhos alcançam.
Aquele incapaz de se abrir ao novo, que carece de carência, que não possui dependências...

Assim...
A cada situação difícil que vivenciar, eleve teu pensamento Aquele que vê mais além, que vê por cima, que vê mais amplo; e toma consciência que tua vida é DOM e não acaso.
E que não basta o que você tem, mas quem você tem;
E que Deus é fonte e origem de tudo de bom que se possa imaginar...
...e lembre-se: quem vira as costas para a luz, nada mais vê do que a própria sombra.

Que neste ano que se inicia tudo seja NOVO e Deus seja teu único motivo, tua única razão, tua única meta.

E se você se esquecer de tudo o que eu falei...

... fique com o SORRISO!!!