23 de novembro de 2010

Discurso da Primeira Missa

09 de dezembro de 2008.


"Subo ao altar de Deus que é a alegria da minha juventude."

Se eu tentasse encontrar palavras para traduzir este momento e tudo o que o Senhor fez em minha vida, certamente não encontraria. Ainda que eu passasse toda a minha vida genuflexo, não seria capaz de agradecer tão sublime dom que me foi confiado.
Hoje é o dia em que celebro a vitória de Deus, vitória sobre o pecado e a morte, vitória do seu amor diante de um mundo vazio e surdo a sua voz.
Hoje celebro o ministério do chamado de Cristo, que em seus insondáveis desígnios, preferiu agir por meio do finito Aquele que é infinito, agir por meio do imperfeito. Aquele que é perfeito, agir por meio daquilo que é vil e fraco. Aquele que é o todo Transcendente, o ilimitado, agir por meio daquele que não é outra coisa senão limite.
Ele me olhou e me contemplou. O Eterno e Divino me tocou e me assumiu para si e, em mim tornará seu todos os meus atos e, por meio dos meus atos limitados e imperfeitos, atualizará seus atos de amor e salvação.
Ele, tocando-me, torna o que até então era ordinário em extraordinário e concedeu-me a potestade que aos anjos não foi dada.
Nem mesmo àquela que foi concebida sem o pecado original e preparada para ser morada do Altíssimo, criatura excelsa e perfeita, foi dado o poder de perdoar pecados, desfazer as cadeias de morte e de trazer, por suas mãos, o Verbo da vida à terra por sua invocação.
Ele, cuja imagem fui criado, tomou a minha imagem e por meio do meu ser quer continuar sendo, por minha vida, continuar vivendo, por meus atos, continuar atuando, por minhas palavras falando e por meu amor, amando.
Enfim hoje é o dia em que o mistério se deixa ser tocado e contemplado..."

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